PROJETO SAMBA PRA COMUNIDADE.

EM BUSCA DE SAMBISTAS DE ALMA.

Estamos procurando músicos de Harmonia ou Percussão para dar continuidade ao projeto de exaltação ao samba de velha guarda.

Queremos continuar fazendo os sambas uma vez por mês, por isso estamos na busca de sambistas de alma que não deixam o que é bom ficar para trás. Interessados podem responder a mensagem ou enviar e-mail.

bacabinha@globo.com

Abraço a todos e Salve o Samba.


A Comunidade do Samba Passado de Glória tem como ideologia além de exaltar o samba da antiga, trabalhar para a comunidade, de forma a beneficiar o próximo e algumas entidades e associações que ajudem pessoas carentes, independente de qual seja.

LOCAL:

PETISCARIA DA VILA
Rua São Severo, 231 - Vila Ré
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DATAS:

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ABRAÇO.

PASSADO DE GLÓRIA E WILSON MOREIRA

PASSADO DE GLÓRIA NO SESC POMPÉIA

PASSADO DE GLÓRIA NO SESC SANTO ANDRÉ.

PASSADO DE GLÓRIA NO SESC SANTO ANDRÉ.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

MESTRE XANGÔ - ETERNO...



Olivério Ferreira - 19/01/1923 - 07/01/2009

Você não é não
(Alcides da Portela - Xangô da Mangueira)


O velho batuqueiro
(Xangô da Mangueira)


Nascido no Rio Comprido, bairro do Rio de Janeiro, Xangô passou a infância em um sítio em Paracambi, munícípio da Baixada Fluminense que, naquela época, poderia ser classificado como uma área de fronteira de expansão da antiga Guanabara. Daí, de sua mãe mineira (de Ubá) e de seu pai paulista (de Campinas), vieram o sotaque, o vocabulário e a inspiração em ritmos do interior.

Adolescente, Xangô viveria em vários bairros do Rio de Janeiro (Rocha Miranda, Sampaio, Irajá, Pavuna), lugares que marcam a identidade de um tipo especial de carioca, o suburbano, que só merece alguma apreciação durante o Carnaval. Parte da genialidade do samba de Xangô está na forma como mistura ritmos populares distintos. A infância interiorana e a vida nos bairros da classetrabalhadora da Rio consolidaram uma conexão distinta do clichê campo-cidade.

Xangô une à roça ao subúrbio em sambas que falam línguas diversas mas mantém um espírito em comum ao estimular à participação com suas palmas e coros cadenciados.Como Xangô destaca, "antigamente, não havia a segunda do samba". Foi improvisando, então, que ele começou a fazer música e a conviver com as escolas de samba. A carreira em disco, segundo ele, "só viria depois de um longo aprendizado".

As primeira lições foram na Unidos de Rocha Miranda, onde foi aluno de Lilico, em algum período no começo dos anos 40 (as datas não vem claramente à sua memória). "Nesta época, eu via Cartola e Paulo da Portela no jornal e sonhava em ser como eles". Xangô também recorda que de um bom improvisador exigia-se bom ouvido, boa cabeça para versar, e a habilidade de "entrar no ritmo e na melodia e deixar o outro em boas condições".

Da escola de Rocha Miranda, Xangô foi convidado para desfilar em uma ala da Portela. É Xangô quem conta, com evidente orgulho, a reação do mítico Paulo da Portela, à sua voz, "Poxa, menino, você tem uma voz boa, deve aproveitar isto". Esta foi a deixa para que Xangô passasse alguns anos na tradicional escola de samba de Madureira, "improvisando com os grandes", como ele diz. Quando Paulo da Portela deixou a escola para atuar na Lira do Amor, Xangô o acompanhou como uma deferência especial. Mas a aventura da Lira do Amor não durou muito e Xangô pediria permissão ao professor para improvisar em outra agremiação.

"Mestre", disse Xangô, "estou com a idéia de ir para uma escola que admiro. Eu quero ir para a Mangueira". Paulo da Portela responderia, "Olha, a casa é sua lá porque eu tenho grande amizade, grande intimidade com o Cartola. Se você precisa de uma referência, eu estou aí para dar para você". Além da referência ilustre, Xangô também já tinha achado seu caminho para a Estação Primeira por seus próprios meios. Nos bailes como o da Banda Portugal em clubes da Pavuna e do Irajá (os bailes eram uma variação das gafieiras da Praça XI), Xangô faria amizades com moradores da Mangueira que o apresentariam à direção da escola. Nem a referência ilustre, nem as novas amizades, no entanto, o livraram de ter que provar suas habilidades em um concurso onde teve que improvisar e versar em dupla com outros candidatos. Xangô relembra que deveria haver umas 10 duplas concorrendo naquele dia. Ele não só ganhou o concurso, com a auxílio de um parceiro com quem teve uma empatia imediata, como ainda foi escolhido 3° diretor de harmonia da escola.

A função não somente indicava que ele havia pulado vários degraus na hierarquia da Mangueira, mas também ajudaria a celebrizar sua presença no mundo do samba. Xangô falava do dia-a-dia na quadra da Mangueira em mais de meio século de atividade na função, "Eu adaptava as pessoas novas que chegavam para que eles entendessem o espírito da coisa". Xangô tornou-se conhecido pela paciência e cortesia.

"Nunca xinguei uma pastora ou discuti com ninguém. Entro na quadra na hora em que o ensaio começa, e todos param de falar. Se tem alguma confusão, explico que todos têm que colaborar porque isto aqui é a diversão nossa. É a arena, o teatro da pessoa humilde".

A função inspiraria o seu parceiro mais freqüente, Jorge Zagaia, a escrever um dos mais belos versos da história do samba no partido-alto "Diretor de Harmonia", que ambos dividem no primeiro lp de Xangô. 'Sou eu o diretor de harmonia/aviso para entrar a bateria/sou eu quem manda o mestre-de-sala/se apresentar a porta-bandeira Maria/se estou errado me perdoa/eu sou o samba em pessoa/você já pensou/quando a velhice chegar/e eu não puder mais sambar'.

Ao entrar para a Mangueira, Xangô adicionaria o complemento nobre ao apelido que ganhou ainda na adolescência. Morando em Rocha Miranda, Xangô foi levado por amigos para trabalhar na fábrica de tecidos Nova América, no subúrbio de Del Castilho. "Naquela época, os garotos brincavam de apostar corrida com carrinhos de madeira. Os ingleses malandros logo viram que era melhor botar os garotos para trabalhar em vez dos velhos que não iam produzir tanto", ele relembra. Xangô foi então trabalhar na máquina de rolo e logo ficou conhecido como o engraçadinho que botava apelidos em todo o mundo, "Olhava para a cara do caboclo e dizia: Carranco! Jamelão! Chupeta!". Mas o próprio Xangô não tinha um apelido e um novo empregado iria alterar este fato com uma provocação simples. Xangô avisou ao novato que ele iria ganhar um apelido, porque todos ali tinham um, e sem perder tempo decretou, "Você tem cara de macumba, você vai ser o Macumba". O novato Macumba concordou, "Não tem nada, pode botar", mas acrescentou, "Qual é o seu apelido?". Xangô apenas respondeu, "Eu não tenho apelido", ao que Macumba replicou de imediato, "Não tinha! Se eu sou o Macumba, você vai ser o Xangô!".

Na década de 70 gravou LPs com músicas suas, que também foram regravadas por diversos intérpretes, como Clara Nunes, Clementina de Jesus e Martinho da Vila. Foi também produtor, organizando um pagode semanal no Teatro de Arena, no Rio de Janeiro, por algum tempo. Integrante da Velha Guarda da Mangueira, criou nos anos 80 o grupo Sensa Samba, que se apresentava em teatros e casas de espetáculos tocando suas músicas mais conhecidas, como "Mulher da Melhor Qualidade", "Se o Pagode É Partido", "Quando Eu Vim de Minas" e "Moro na Roça".
"FONTE: AGENDA SAMBA-CHORO"

A COMUNIDADE DO SAMBA PASSADO DE GLÓRIA AGRADECE A DEUS POR TER NOS DADO O PRAZER DE VER CANTAR ESTE GRANDE MESTRE DO SAMBA.

SUA VOZ NUNCA VAI SE CALAR ATRVÉS DE SUAS MÚSICAS E SEUS IMPROVISOS...

SALVE SALVE MESTRE XANGÔ!

2 comentários:

Terreiro de Mauá disse...

Olá rapaziada, peço licença para lembrá-los que no próximo dia 15/02 (Domingo) tem Roda de Samba do PSTM, contamos com sua presença. Maiores informações no nosso blog: http://terreirodemaua.blogspot.com/

TUTU disse...

O GRADE MESTRE TIVE O PRAZER DE CONHECELO E DIGO COM 19 ANOS DE IDADE E UMA VIDA PELA FRETE AGREÇO AQUELE Q ME ENSINO O SAMBA DE RAIZ
PAI XAGO DEUS TI ILUMINE


WESLEY