PROJETO SAMBA PRA COMUNIDADE.

EM BUSCA DE SAMBISTAS DE ALMA.

Estamos procurando músicos de Harmonia ou Percussão para dar continuidade ao projeto de exaltação ao samba de velha guarda.

Queremos continuar fazendo os sambas uma vez por mês, por isso estamos na busca de sambistas de alma que não deixam o que é bom ficar para trás. Interessados podem responder a mensagem ou enviar e-mail.

bacabinha@globo.com

Abraço a todos e Salve o Samba.


A Comunidade do Samba Passado de Glória tem como ideologia além de exaltar o samba da antiga, trabalhar para a comunidade, de forma a beneficiar o próximo e algumas entidades e associações que ajudem pessoas carentes, independente de qual seja.

LOCAL:

PETISCARIA DA VILA
Rua São Severo, 231 - Vila Ré
Fone: 11-2023-1225 / 11-3804-3930

DATAS:

INDEFINIDAS


QUALQUER DÚVIDA ENTRAR EM CONTATO:

BACABINHA : 7768-6836 - ID 121*109943
BETO BERÃO : 9354-9775

BLOG: http://www.passadodegloria.blogspot.com/
YOUTUBE: Passado de Gloria
ORKUT: Passado de Glória
E-MAIL: passadodegloria@gmail.com

ABRAÇO.

PASSADO DE GLÓRIA E WILSON MOREIRA

PASSADO DE GLÓRIA NO SESC POMPÉIA

PASSADO DE GLÓRIA NO SESC SANTO ANDRÉ.

PASSADO DE GLÓRIA NO SESC SANTO ANDRÉ.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

NOEL ROSA DE OLIVEIRA



CHICA DA SILVA
(Noel Rosa de Oliveira - Anescarzinho do Salgueiro)


FALAM DE MIM
(Noel Rosa de Oliveira - Éden Silva - Aníbal Silva)


Compositor.

Tocava vários instrumentos de percussão.

Nasceu em 15/7/1920 no morro do Salgueiro. Freqüentava as rodas de partido-alto em frente à venda de seu pai e era considerado o mascote da turma.

Em 1933 compôs a sua primeira música, "Adeus, minha companheira", para um bloco carnavalesco do morro do Salgueiro. Por intermédio de Casimiro Calça Larga, amigo de seu pai, ingressou na Ala de Compositores da Unidos do Salgueiro, uma das três escolas de samba da época, que mais tarde viria a formar a Acadêmicos do Salgueiro.

Entre 1939 e 1942, serviu ao Exército, sendo funcionário do Ministério da Guerra. Logo depois, cursou a Escola de Aeronáutica.Trabalhou como pedreiro, em uma cervejaria e ainda em uma fábrica de cerâmica. Aposentou-se como motorista profissional e como músico.

No início da década de 1930, ainda menino, começou a compor e a freqüentar vários blocos do morro do Salgueiro e escolas de samba de outros bairros, como Príncipe da Floresta, Azul e Branco e Depois Eu Digo, nesta última, permanecendo durante cinco anos na ala de compositores.

Em 1939 voltou à Escola Unidos do Salgueiro onde exerceu a função de Diretor de Harmonia até 1954.

No ano de 1948, a dupla Zé e Zilda, pelo Selo Continental, gravou de sua autoria "Falam de mim" (c/ Éden Silva e Anibal Silva).

Em 1952, compôs para a Unidos do Salgueiro o samba-enredo "Homenagem a Getúlio Vargas".

Em 1955, com a fusão das escolas do morro do Salgueiro, passou a fazer parte do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro. Dois anos depois, compôs "Assim não é legal", em parceria com Nilo Moreira da Silva.Compôs com Anescarzinho do Salgueiro e Walter Moreira, em 1960, o samba-enredo "Quilombo dos Palmares", com o qual a escola obteve obteve o primeiro lugar do Grupo 1 no desfile daquele ano. Por essa época, já se tornara famoso devido ao samba de quadra "Água de Rio" (Só resta saudade), composto em parceria com Anescarzinho do Salgueiro, com quem também dividiria, em 1962, a autoria da música "Descobrimento do Brasil". Em 1963 ganhou o primeiro lugar no carnaval daquele ano com a sua composição mais conhecida, "Chica da Silva", em parceria com Anescarzinho do Salgueiro.

No ano de 1965, fez sucesso nas quadras do morro do Salgueiro com a música "Tudo é alegria", parceria com Zuzuca do Salgueiro. Neste mesmo ano, o cantor Noite Ilustrada gravou com sucesso a música "O neguinho e a senhorita", regravada pela cantora Elza Soares em compacto simples pela gravadora Odeon e em LP pela mesma gravadora.

Ainda em 1965, Elizete Cardoso no disco "Elizete sobe o morro", interpretou de sua autoria "Água de rio", parceria com Anescarzinho do Salgueiro. No ano seguinte, Jair Rodrigues obteve sucesso com "Vem chegando a madrugada", de sua autoria com Zuzuca do Salgueiro. Neste mesmo ano, Elizete Cardoso, no disco "Muito Elizete", regravou "Vem chegando a madrugada". Por essa época, sua composição "Dona Beja" (c/ Anescarzinho do Salgueiro), foi defendida por Jorge Goulart na "1ª Bienal do Samba", da TV Record.

No ano de 1969, ao lado de Martinho da Vila, Jamelão, Ilza Barbosa, Originais do Samba e Maria Isabel, participou da coletânea "O samba está de volta", na qual interpretou "Bahia de todos os deuses" (Bala e Manoel). No disco a cantora Maria Isabel interpretou de sua autoria a faixa "Nem vem", em parceria com José Alves e Eduardo de Oliveira, este último, mais conhecido como Duduca do Salgueiro. Neste mesmo ano Elza Soares gravou "Falam de mim" (c/ Éden Silva e Aníbal Silva).

No ano de 1972, ingressou no conjunto Os Partideiros do Plá. Em 1973, ao lado de Martinho da Vila, Darcy da Mangueira, Silvinho da Portela e Walter Rosa, participou do disco "A voz do samba", no qual interpretou de sua autoria "Vem Helena" (c/ Iracy Serra) e ainda "Maria Chica, a rezadeira" (Paulo Filho e Antonio Filho) e "É você" de Mazinho e Hélio. No ano seguinte Elza Soares regravou "Nem vem".

Em 1977 foi lançado o disco "Elizete Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro - Fragmentos inéditos do histórico recital realizado no teatro João Caetano em 19 de fevereiro de 1968", disco no qual foi incluída sua composição "Água de rio" (c/ Anescarzinho do Salgueiro). Alcione em 1985 lançou pela RCA Victor o LP "Fogo da vida", no qual regravou "Chica da Silva", parceria com Anescarzinho do Salgueiro.

Em 1987, em seu disco "Meu sorriso", Neguinho da Beija-Flor interpretou "O neguinho e a senhorita". No ano 2000, no disco "A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes - Paulinho da Viola e os Quatro Criolos", foi incluída a sua composição "Água de rio" (c/ Anescarzinho do Salgueiro).

Em 2007 Luiz Melodia, no disco "Estação Melodia" lançado pela gravadora Biscoito Fino, regravou "O neguinho e a senhorita". Com mais de 40 músicas gravadas, nas quais se destacaram parceiros como Zuzuca do Salgueiro, Abelardo Silva, Aníbal Silva, Haydée Bandina de Almeida e Eduardo de Oliveira (Duduca do Salgueiro), sempre foi considerado um dos mais férteis melodistas do Salgueiro.

UM POUCO DE SUA OBRA:

Água de rio (c/ Anescarzinho do Salgueiro) • Assim não é legal (c/ Nilo Moreira da Silva) • Céu e forro (c/ Ivan Salvador) • Chica da Silva (c/ Anescarzinho do Salgueiro) • Descobrimento do Brasil (c/ Anescarzinho do Salgueiro) • Dona Beja (c/ Anescarzinho do Salgueiro e Ivan Salvador) • Falam de mim (c/ Éden Silva e Aníbal Silva) • Homenagem a Getúlio Vargas • Mártires da Independência (c/ Anescarzinho do Salgueiro) • Nem vem (c/ Duduca do Salgueiro e José Alves) • O neguinho e a senhorita (c/ Abelardo da Silva) • Quilombo dos Palmares (c/ Anescarzinho do Salgueiro e Walter Moreira) • Vem chegando a madrugada (c/ Zuzuca do Salgueiro) • Vem Helena (c/ Iracy Serra)

O coração deste maravilhoso compositor parou de bater em 19 de março de 1988, um mês depois de ter desfilado pela sua vermelho e branca com o tema “Em busca do ouro”.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

NILTON SILVA (NILTON CAMPOLINO)

Nílton Campolino (Nílton da Silva)
1926 a 2001 - Rio de Janeiro, RJ


MENINO DE 47
(CAMPOLINO - MULEQUINHO)


Maria Sara
(Niltom Campolino)

Compositor. Cantor. Foi casado com Tia Nini, pastora da Escola Império Serrano.Trabalhou no cais do porto do Rio de Janeiro, onde tomou conhecimento de uma nova escola de samba, a Império Serrano, fundada em 23 de março de 1947, na qual poucos meses depois se filiou. Ficou conhecido como Mestre Campolina, apesar de assinar Nílton Campolino e, em alguns discos, somente Campolino. Aposentou-se como estivador.

Suas composições, cantadas em rodas na quadra do Império Serrano, foram gravadas por vários artistas da MPB, como Xangô da Mangueira, Jorginho do Império e Zeca Pagodinho, seu principal intérprete.No ano de 1977, gravou com Aniceto do Império, seu companheiro de escola, o disco "O partido-alto de Aniceto & Campolino", produzido por Élton Medeiros para FEMURJ (Museu da Imagem e do Som). Zeca Pagodinho, tido como seu principal intérprete, gravou várias composições suas. Em 1991, no LP "Pixote", pela RCA, Zeca Pagodinho em dueto com Oswaldo Cavalo cantou "Minha fama ninguém tira", parceria com Tio Hélio, também componente da ala de compositores do Império Serrano. No ano de 1996, Zeca Pagodinho no CD "Deixa clarear", lançado pela PolyGram, interpretou "Colete curto" (c/ Tio Hélio) e no disco "Água da minha sede", de 2000, incluiu "Delegado Chico"( c/ Tio Hélio).Em 2001, ao lado de Luiz Grande, Jurandir da Mangueira, Jair do Cavaquinho, Niltinho Tristeza, Aluízio Machado, Dauro do Salgueiro, Nelson Sargento, Monarco, Élton Medeiros, Baianinho e Dona Ivone Lara, fez o show "Os meninos do Rio", no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, com direção geral de Paulinho Albuquerque, lançado em disco neste mesmo ano, pela Carioca Discos, selo dedicado à música carioca e do Rio de Janeiro. No disco interpretou "O menino de 47" e "Colete curto".

Sambista da Velha Guarda da Império Serrano, compositor e partideiro, entrou para essa escola em 1947, pouco depois de sua fundação. Gráfico de profissão, desde cedo freqüentou terreiros de jongo, batuque e partido-alto, gênero em que se tornou mestre. Em 1977 gravou seu primeiro e único disco, "O Partido Alto de Aniceto & Campolino" (MIS), ao lado de Aniceto do Império, produzido por Elton Medeiros. Teve diversas composições gravadas por outros intérpretes, com destaque para Zeca Pagodinho — que registrou algumas parcerias de Campolino e Tio Hélio, como "Delegado Chico Palha" e "Colete Curto" — e Xangô da Mangueira, seu parceiro em "Quem Fala Alto É Gogó" e "Quilombo". Em 2000 esteve envolvido na reativação da Velha Guarda da Império Serrano, chegando a se apresentar em um show. No mesmo ano, participou do disco "Meninos do Rio" (Carioca Discos) ao lado de outros grandes nomes do samba.

Faleceu em fevereiro às vésperas do carnaval de 2001, vitimado por uma cirrose.

FONTES:

- DICINÁRIO CRAVO ALBIM DE MPB