PROJETO SAMBA PRA COMUNIDADE.

EM BUSCA DE SAMBISTAS DE ALMA.

Estamos procurando músicos de Harmonia ou Percussão para dar continuidade ao projeto de exaltação ao samba de velha guarda.

Queremos continuar fazendo os sambas uma vez por mês, por isso estamos na busca de sambistas de alma que não deixam o que é bom ficar para trás. Interessados podem responder a mensagem ou enviar e-mail.

bacabinha@globo.com

Abraço a todos e Salve o Samba.


A Comunidade do Samba Passado de Glória tem como ideologia além de exaltar o samba da antiga, trabalhar para a comunidade, de forma a beneficiar o próximo e algumas entidades e associações que ajudem pessoas carentes, independente de qual seja.

LOCAL:

PETISCARIA DA VILA
Rua São Severo, 231 - Vila Ré
Fone: 11-2023-1225 / 11-3804-3930

DATAS:

INDEFINIDAS


QUALQUER DÚVIDA ENTRAR EM CONTATO:

BACABINHA : 7768-6836 - ID 121*109943
BETO BERÃO : 9354-9775

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ABRAÇO.

PASSADO DE GLÓRIA E WILSON MOREIRA

PASSADO DE GLÓRIA NO SESC POMPÉIA

PASSADO DE GLÓRIA NO SESC SANTO ANDRÉ.

PASSADO DE GLÓRIA NO SESC SANTO ANDRÉ.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

NOEL ROSA DE OLIVEIRA



CHICA DA SILVA
(Noel Rosa de Oliveira - Anescarzinho do Salgueiro)


FALAM DE MIM
(Noel Rosa de Oliveira - Éden Silva - Aníbal Silva)


Compositor.

Tocava vários instrumentos de percussão.

Nasceu em 15/7/1920 no morro do Salgueiro. Freqüentava as rodas de partido-alto em frente à venda de seu pai e era considerado o mascote da turma.

Em 1933 compôs a sua primeira música, "Adeus, minha companheira", para um bloco carnavalesco do morro do Salgueiro. Por intermédio de Casimiro Calça Larga, amigo de seu pai, ingressou na Ala de Compositores da Unidos do Salgueiro, uma das três escolas de samba da época, que mais tarde viria a formar a Acadêmicos do Salgueiro.

Entre 1939 e 1942, serviu ao Exército, sendo funcionário do Ministério da Guerra. Logo depois, cursou a Escola de Aeronáutica.Trabalhou como pedreiro, em uma cervejaria e ainda em uma fábrica de cerâmica. Aposentou-se como motorista profissional e como músico.

No início da década de 1930, ainda menino, começou a compor e a freqüentar vários blocos do morro do Salgueiro e escolas de samba de outros bairros, como Príncipe da Floresta, Azul e Branco e Depois Eu Digo, nesta última, permanecendo durante cinco anos na ala de compositores.

Em 1939 voltou à Escola Unidos do Salgueiro onde exerceu a função de Diretor de Harmonia até 1954.

No ano de 1948, a dupla Zé e Zilda, pelo Selo Continental, gravou de sua autoria "Falam de mim" (c/ Éden Silva e Anibal Silva).

Em 1952, compôs para a Unidos do Salgueiro o samba-enredo "Homenagem a Getúlio Vargas".

Em 1955, com a fusão das escolas do morro do Salgueiro, passou a fazer parte do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro. Dois anos depois, compôs "Assim não é legal", em parceria com Nilo Moreira da Silva.Compôs com Anescarzinho do Salgueiro e Walter Moreira, em 1960, o samba-enredo "Quilombo dos Palmares", com o qual a escola obteve obteve o primeiro lugar do Grupo 1 no desfile daquele ano. Por essa época, já se tornara famoso devido ao samba de quadra "Água de Rio" (Só resta saudade), composto em parceria com Anescarzinho do Salgueiro, com quem também dividiria, em 1962, a autoria da música "Descobrimento do Brasil". Em 1963 ganhou o primeiro lugar no carnaval daquele ano com a sua composição mais conhecida, "Chica da Silva", em parceria com Anescarzinho do Salgueiro.

No ano de 1965, fez sucesso nas quadras do morro do Salgueiro com a música "Tudo é alegria", parceria com Zuzuca do Salgueiro. Neste mesmo ano, o cantor Noite Ilustrada gravou com sucesso a música "O neguinho e a senhorita", regravada pela cantora Elza Soares em compacto simples pela gravadora Odeon e em LP pela mesma gravadora.

Ainda em 1965, Elizete Cardoso no disco "Elizete sobe o morro", interpretou de sua autoria "Água de rio", parceria com Anescarzinho do Salgueiro. No ano seguinte, Jair Rodrigues obteve sucesso com "Vem chegando a madrugada", de sua autoria com Zuzuca do Salgueiro. Neste mesmo ano, Elizete Cardoso, no disco "Muito Elizete", regravou "Vem chegando a madrugada". Por essa época, sua composição "Dona Beja" (c/ Anescarzinho do Salgueiro), foi defendida por Jorge Goulart na "1ª Bienal do Samba", da TV Record.

No ano de 1969, ao lado de Martinho da Vila, Jamelão, Ilza Barbosa, Originais do Samba e Maria Isabel, participou da coletânea "O samba está de volta", na qual interpretou "Bahia de todos os deuses" (Bala e Manoel). No disco a cantora Maria Isabel interpretou de sua autoria a faixa "Nem vem", em parceria com José Alves e Eduardo de Oliveira, este último, mais conhecido como Duduca do Salgueiro. Neste mesmo ano Elza Soares gravou "Falam de mim" (c/ Éden Silva e Aníbal Silva).

No ano de 1972, ingressou no conjunto Os Partideiros do Plá. Em 1973, ao lado de Martinho da Vila, Darcy da Mangueira, Silvinho da Portela e Walter Rosa, participou do disco "A voz do samba", no qual interpretou de sua autoria "Vem Helena" (c/ Iracy Serra) e ainda "Maria Chica, a rezadeira" (Paulo Filho e Antonio Filho) e "É você" de Mazinho e Hélio. No ano seguinte Elza Soares regravou "Nem vem".

Em 1977 foi lançado o disco "Elizete Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro - Fragmentos inéditos do histórico recital realizado no teatro João Caetano em 19 de fevereiro de 1968", disco no qual foi incluída sua composição "Água de rio" (c/ Anescarzinho do Salgueiro). Alcione em 1985 lançou pela RCA Victor o LP "Fogo da vida", no qual regravou "Chica da Silva", parceria com Anescarzinho do Salgueiro.

Em 1987, em seu disco "Meu sorriso", Neguinho da Beija-Flor interpretou "O neguinho e a senhorita". No ano 2000, no disco "A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes - Paulinho da Viola e os Quatro Criolos", foi incluída a sua composição "Água de rio" (c/ Anescarzinho do Salgueiro).

Em 2007 Luiz Melodia, no disco "Estação Melodia" lançado pela gravadora Biscoito Fino, regravou "O neguinho e a senhorita". Com mais de 40 músicas gravadas, nas quais se destacaram parceiros como Zuzuca do Salgueiro, Abelardo Silva, Aníbal Silva, Haydée Bandina de Almeida e Eduardo de Oliveira (Duduca do Salgueiro), sempre foi considerado um dos mais férteis melodistas do Salgueiro.

UM POUCO DE SUA OBRA:

Água de rio (c/ Anescarzinho do Salgueiro) • Assim não é legal (c/ Nilo Moreira da Silva) • Céu e forro (c/ Ivan Salvador) • Chica da Silva (c/ Anescarzinho do Salgueiro) • Descobrimento do Brasil (c/ Anescarzinho do Salgueiro) • Dona Beja (c/ Anescarzinho do Salgueiro e Ivan Salvador) • Falam de mim (c/ Éden Silva e Aníbal Silva) • Homenagem a Getúlio Vargas • Mártires da Independência (c/ Anescarzinho do Salgueiro) • Nem vem (c/ Duduca do Salgueiro e José Alves) • O neguinho e a senhorita (c/ Abelardo da Silva) • Quilombo dos Palmares (c/ Anescarzinho do Salgueiro e Walter Moreira) • Vem chegando a madrugada (c/ Zuzuca do Salgueiro) • Vem Helena (c/ Iracy Serra)

O coração deste maravilhoso compositor parou de bater em 19 de março de 1988, um mês depois de ter desfilado pela sua vermelho e branca com o tema “Em busca do ouro”.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

NILTON SILVA (NILTON CAMPOLINO)

Nílton Campolino (Nílton da Silva)
1926 a 2001 - Rio de Janeiro, RJ


MENINO DE 47
(CAMPOLINO - MULEQUINHO)


Maria Sara
(Niltom Campolino)

Compositor. Cantor. Foi casado com Tia Nini, pastora da Escola Império Serrano.Trabalhou no cais do porto do Rio de Janeiro, onde tomou conhecimento de uma nova escola de samba, a Império Serrano, fundada em 23 de março de 1947, na qual poucos meses depois se filiou. Ficou conhecido como Mestre Campolina, apesar de assinar Nílton Campolino e, em alguns discos, somente Campolino. Aposentou-se como estivador.

Suas composições, cantadas em rodas na quadra do Império Serrano, foram gravadas por vários artistas da MPB, como Xangô da Mangueira, Jorginho do Império e Zeca Pagodinho, seu principal intérprete.No ano de 1977, gravou com Aniceto do Império, seu companheiro de escola, o disco "O partido-alto de Aniceto & Campolino", produzido por Élton Medeiros para FEMURJ (Museu da Imagem e do Som). Zeca Pagodinho, tido como seu principal intérprete, gravou várias composições suas. Em 1991, no LP "Pixote", pela RCA, Zeca Pagodinho em dueto com Oswaldo Cavalo cantou "Minha fama ninguém tira", parceria com Tio Hélio, também componente da ala de compositores do Império Serrano. No ano de 1996, Zeca Pagodinho no CD "Deixa clarear", lançado pela PolyGram, interpretou "Colete curto" (c/ Tio Hélio) e no disco "Água da minha sede", de 2000, incluiu "Delegado Chico"( c/ Tio Hélio).Em 2001, ao lado de Luiz Grande, Jurandir da Mangueira, Jair do Cavaquinho, Niltinho Tristeza, Aluízio Machado, Dauro do Salgueiro, Nelson Sargento, Monarco, Élton Medeiros, Baianinho e Dona Ivone Lara, fez o show "Os meninos do Rio", no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, com direção geral de Paulinho Albuquerque, lançado em disco neste mesmo ano, pela Carioca Discos, selo dedicado à música carioca e do Rio de Janeiro. No disco interpretou "O menino de 47" e "Colete curto".

Sambista da Velha Guarda da Império Serrano, compositor e partideiro, entrou para essa escola em 1947, pouco depois de sua fundação. Gráfico de profissão, desde cedo freqüentou terreiros de jongo, batuque e partido-alto, gênero em que se tornou mestre. Em 1977 gravou seu primeiro e único disco, "O Partido Alto de Aniceto & Campolino" (MIS), ao lado de Aniceto do Império, produzido por Elton Medeiros. Teve diversas composições gravadas por outros intérpretes, com destaque para Zeca Pagodinho — que registrou algumas parcerias de Campolino e Tio Hélio, como "Delegado Chico Palha" e "Colete Curto" — e Xangô da Mangueira, seu parceiro em "Quem Fala Alto É Gogó" e "Quilombo". Em 2000 esteve envolvido na reativação da Velha Guarda da Império Serrano, chegando a se apresentar em um show. No mesmo ano, participou do disco "Meninos do Rio" (Carioca Discos) ao lado de outros grandes nomes do samba.

Faleceu em fevereiro às vésperas do carnaval de 2001, vitimado por uma cirrose.

FONTES:

- DICINÁRIO CRAVO ALBIM DE MPB

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

MANO DÉCIO DA VIOLA

MANO DÉCIO DA VIOLA - 1909 a 1984.


Hora de chorar
(Jorginho Pessanha - Mano Décio)


Mandei buscar
(Mano Décio)


Décio Antônio Carlos, o Mano Décio da Viola, nasceu em Santo Amaro da Purificação(BA), a 14 de Julho de 1909, mas, com um ano de idade, mudou-se com o pai, o pedreiro Hermógenes Antônio Máximo, para o morro de Santo Antônio, no Rio de Janeiro.
Aos noves anos de idade saiu de casa e foi morar com Noberto Vieira Marçal, o Manga, de quem passou a ser jornaleiro (Manga era capataz de quarenta jornaleiros, sambista e presidente da Escola de Samba Recreio de Ramos). Assim, aos treze anos, a memória do menino Décio já fixava estas cenas:
- Nesse tempo eu acompanhava rodadas de samba no Buraco Quente, no morro da Mangueira. E gostava muito de cinema, ver seriados. Foi no cinema que ouvi uma música que me ficou na cabeça... Era a valsa "Os Patinadores", de Waldteufel, na qual Mano Décio ingenuamente colocou versos. A composição acabou sendo registrada em nome de Bide (Alcebíades Barcelos) e João de Barro. O nome de Waldteufel foi "distraidamente" omitido. Quanto a Mano Décio da Viola ficou contentíssimo com aquela nova atuvidade tão rendosa (vender a valsa lhe valeu 20 mil-réis) que a de jornaleiro e que, além do mais, lhe possibilitou ouvir uma composição gravada por Almirante (1934). Da repetição desse varejo de direitos autorais viveu de 1934 até o final da década, quando já amigo de Silas de Oliveira, começou a freqüentar a Prazer da Serrinha, uma das escolas de samba mais ricas, em termos musicais, que já existiu. Lá se cultivavam, além das modalidades mais comuns de samba, o jongo e o partido alto. O ditador Getúlio Vargas, no auge da escalada populista, promovia manifestações de patriotismo, incentivando a produção de canções e sambas ufanistas. No intuito de estender a propaganda oficial ao nível mais popular possível. Getúlio baixou um decreto determinado que todas as sociedades carnavalescas desfilassem apresentando temas ligados a coisas brasileiras. Forçados mas ao mesmo tempo estimulados pelo decreto presidencial, Silas e Mano Décio resolveram fazer do desfile de 1946 não só uma manifestaçãode diversão, mas também uma maneira de "passar cultura para o povo". A escola se preparou para descer cantando História. O samba "Conferência de São Francisco" ou "A Paz Universal", especialmente composto para a ocasião, trazia as assinaturas de Mano Décio e Silas de Oliveira. Além disso a escola se organizou em alas, cada qual com uma função definida dentro do enredo. A partir daquele ano, as outras escolas aderiram às idéias da Serrinha, moldando-se ao novo estilo carnavalesco por ela constituído.
Na Prazer da Serrinha, no entanto, essas inovações não foram bem recebidas por todos e, das divergências, acabou sendo fundada em 1947, uma nova escola de samba, o Império Serrano, uma das maiores e mais famosas do país. No ano seguinte, Mano Décio juntou-se à nova escola.
E já em 1949 o G.R.E.S. Império Serrano sagrava-se campeão com o samba-enredo "Exaltação a Tiradentes, de Mano Décio, Penteado, e Estasnilau Silva. Primeira composição do gênero a ser gravada, ultrapassou limites estritos das escolas de samba e tornou-se clássico da MPB.
De 1948 a 1951, o Império foi vencedor de carnaval, sendo que nos anos de 1949 a 1951 o samba campeão trazia a assinatura de Silas ou de Mano Décio, ou ainda de ambos.
Em 1955 a 1956, mais duas vitórias da dupla e do Império: "Exaltação a Caxias" e "O Sonhador de Esmeraldas". Cada samba composto por ambos tem uma história, mas "Medalhas e Brasões" (1960) foi, sem dúvida, o que mais problemas causou aos seus autores, Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira. Poucos dias antes do carnaval, a música foi praticamente embargada pelo Departamento de Turismo (a Riotur da época) por causa de pressões exercidas pela Embaixada do Paraguai. A alegação era de que o samba chamava Solano Lopez de ditador e isso não era bom para as relações Brasil-Paraguai. "Não seria um gesto amigável para o povo paraguaio recordar dessa maneira um conflito entre nossos países e que já está praticamente esquecido" – disse o embaixador paraguaio. O diretor do Departamento de Turismo concordou com o diplomata e procurou a direção do Império Serrano para que a letra do samba fosse modificada. Mano Décio da Viola afirmou na época: "Nós não vemos nada demais nas coisas que dizemos no nosso samba. Fomos buscar nas páginas da História do Brasil os fatos e a inspiração. Mas não queremos ofender o povo paraguaio. O que não posso é mudar a história". Mas a letra foi mudada. O mesmo ocorreu posteriormente, em 1969, com "Heróis da Liberdade".
Em 1964, Mano Décio saiu do Império Serrano e foi para a Portela, onde nunca apresentou samba-enredo (para preservar os amigos). Voltou em 1968, perdendo para Silas, a final do samba-enredo.
Em 1969, deu-se a última parceria dos dois grandes sambistas: "Hérois da Liberdade", composto num ano em que o samba-enredo passava por transformações. Mano Décio e Silas se opuseram a essa nova postura, responsável pelo empobrecimento do samba-enredo. Mas os tempos eram outros e Mano Décio se afastou da escola. Distante da avenida, o parceiro prossegue sua trilha, solitário. Após a morte de Silas de Oliveira, em 1972. Mano Décio continuou compondo, embora desligado da escola de samba.
Em 1973, aos 57 anos gravou um disco brinde de Natal de uma metalúrgica paulista a seus clientes. No ano seguinte, registrou, pela Trapecar, um LP que pecava pela produção, de nível amador.
Finalmente em 1976, conseguiu gravar (desta vez pela Phonogram) um LP de excelente nível técnico. "O Lendário Mano Décio da Viola", incluindo seus melhores sambas. Dois anos depois, logo após uma série de espetáculos que fez com o filho Jorginho do Império, no projeto Seis e Meia, Mano Décio gravou "O Imperador". A maioria das músicas desse LP como: "Amor Aventureiro", "No Mundo das Trevas", "É Triste Duvidar", "Assim e a Vida" e "Julgamento Fiel", fora apresentada no Seis e Meia; da outra parte do album constavam músicas dedicadas ao Império Serrano como: "Ser Império como Eu" e "Meu Império Querido", além de Antônio Castro Alves (de Moleque e Comprido) , samba-enredo que deu ao G.R.E.S. Império Serrano sua primeira vitória (1948).
Em 1979, veio à praça o quarto LP de Mano Décio apenas com sambas de terceiro -alguns inéditos, outros já gravados anteriormente.
Em Fevereiro de 1982, já sabendo da vitória do Império Serrano no carnaval, Mano Décio deu entrada no Hospital do INAMPS de Andaraí, com um problema na bexiga. Saiu poucos dias depois e foi para o subúrbio carioca de Tomas Coelho compor sambas de rara beleza e muitos enredos. Músicas que dificilmente serão cantadas na avenida por milhares de sambistas vestidos de verde e branco - as cores do Império Serrano que Mano Décio e Silas de Oliveira.
Morreu no dia 18 de outubro de 1984.
Atualmente Mano Décio da Viola é o nome de uma rua onde viveu em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ALCIDES MALANDRO HISTÓRICO.

ALCIDES LOPES - 1909 a 1987


Mágoas de um coração
(Alcides Histórico - Monarco)

Já me esqueci
(Alcides Histórico - Monarco)


Alcides Dias Lopes, também chamado de ‘Malandro Histórico da Portela’, foi um dos mais importantes nomes da Escola, Mestre de Canto, responsável pela resposta de improviso na segunda parte das compo-sições durante os desfiles e as rodas de samba. Excelente partideiro, fez fama sua prodigiosa memória, capaz de impressionar até mesmo os mais experientes versadores. Foi ainda o grande responsável pelo registro oral das obras de Paulo da Portela e de seus companheiros mais antigos, fundadores da Escola. Era capaz de contar com detalhes toda a história da Portela. Nasceu (17-12-1909) e morreu (09-11-1987) no Rio de Janeiro, cidade que amava. Na juventude, levou vida de malandro, vagando sem destino e sem ocupação fixa pelas ruas do Rio. Seu primeiro emprego só veio depois do casamento com Guiomar, com quem teve quatro filhos. Foi mano-brista e sinalizador de trens da Rede Ferroviária Federal, trabalhando perto do subúrbio de Benfica. Tor-nou-se então um ‘chefe de família’, aposentando-se em 1947. Porém, mesmo trabalhando, Alcides nunca faltava aos ensaios da Escola. Estava sempre presente, com sua fisionomia fechada, seu tronco avantajado e seu modo simples de se vestir. Em 1947, compôs seu samba mais conhecido, a autobiográfica ‘Vivo Isolado do Mundo’ (‘Eu vivia/ iso-lado do mundo/ quando eu era vagabundo/ sem ter um amor/ hoje em dia/ eu me regenerei/ sou um chefe de família/ da mulher que amei’). A primeira gravação desta música foi feita por Candeia e Manacéa, que incorporaram alguns versos, cantados até hoje nas rodas de samba. Monarco parece ter feito a gravação definitiva e Zeca Pagodinho regravou o samba, dando-lhe nova roupagem. Seu primeiro samba gravado foi ‘Olinda’ – também chamado de ‘Vem, Ó Linda’ –, parceria com Jair do Cavaquinho. A gravação se deu em 1965, com o próprio Jair e o conjunto ‘A Voz do Morro’. Participou do primeiro disco da Velha Guarda da Portela, em 1970, com o belíssimo samba ‘Ando Penando’. Um de seus parceiros mais constantes foi Monarco. Da dupla se destacam: ‘Amor de Malandro’, ‘Enganadora’ (gravadas por João Nogueira), ‘Você pensa que eu me Apaixonei’ (gravada por Beth Car-valho), ‘Se eu soubesse vem Depois’ (gravada por Roberto Ribeiro), ‘Abra as Vistas, Rapaz’ (gravada por Zeca Pagodinho) e ‘Deixa meu nome em Paz’ (gravada por Monarco e Velha Guarda da Portela). Outro parceiro importante foi Chico Santana, com quem compôs ‘Eu vou Embora’, ‘Minha Orelha’ e ‘Quanto mais eu Rezo’ (todas gravadas por Jorge Aragão). Um dos maiores divulgadores póstumos da obra de Alcides foi Zeca Pagodinho, que gravou ‘Dona do meu Coração’ (com participação de Argemiro), ‘Já sei de tudo, Mulher’, ‘Meu Tamborim’ e ‘Vivo Muito Bem’, entre outros. Alcides compôs ainda com sambistas como Nelson Cavaquinho – parceria que per-manece inédita até hoje. Apesar de ter sido excelente intérprete e compositor, Alcides Lopes jamais gravou um disco individual. Os únicos registros disponíveis são duas participações ao lado de Dona Ivone Lara, nas músicas ‘Quando a Maré’ (de Antônio Caetano) e ‘Já Chegou quem Faltava’ (de Nilson Gonçalves), presentes no disco ‘Samba – Minha Verdade, Minha Raiz’ (Odeon, 1978). Como reconhecimento por sua contribuição à Portela, seu retrato foi incluído na galeria do Pavilhão de canto do Portelão.


FONTE: http://www.agendasamba-choro.com.br/

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

WALTER ROSA

WALER ROSA - 1925 a 2002


Compositor, Instrumentista
Rio de Janeiro, RJ
05/04/1925
24/01/2002

Nascido em 05 de março de 1925, no Rio De Janeiro, no bairro do Meier,aos oito anos entrou em contato com o samba, quando freqüentava o Bloco Carnavalesco Filhos do Deserto, no morro da Cachoeirinha. Lá encontrou Zinco,seu professor, dono de belíssima e possante voz que gozava de grande prestígio entre seus colegas compositores e morreu tuberculoso e em dificuldades financeiras, só conseguindo condições para tratamento num hospital através da luta do seu amigo e discípulo Walter Rosa, que era um dos maiores conhecedores e divulgadores de seus sambas. Walter aprendeu a tocar instrumento de corda e em seguida começou a compor.
Em 1942 mudou-se para o Bloco Recreio de Inhaúma, onde conheceu Paulo da Portela e outros compositores, que faziam cordiais e costumeiras visitas, ocasionando daquele contato seu ingresso no GRES Portela, onde passou a integrar a ala dos compositores. A Portela foi campeã do carnaval de 1953 com o enredo "Seis Datas Magnas" de Lino Manuel dos Reis, barracão de Lino,Paulinho e Pinduca, samba de Candeia e Altair Prego, conquistando 400 pontos obtendo nota máxima em todos os quesitos; o samba mais cantado na quadra, nesta época, era "Boa Noite, Cidade Maravilhosa" de Walter Rosa.
Em 1955 Walter resolveu homenagear respeitáveis compositores, de Zinco dos Filhos do Deserto a Chatim da Portela; compôs o samba "Confraternização", que fez muito sucesso entre os sambistas, sendo cantado em todas rodas de samba; entusiasmado com a aceitação de sua composição, resolveu fazer, em 1957, nova homenagem, compondo "Confraternização nº2", que sofreu uma nova versão onde ele cita o samba-enredo cantado pelo Salgueiro em 1963, "Chica da Silva" e "Semente do Samba" de Hélio Cabral, gravado por Clementina de Jesus em 1965.
"Confraternização nº 3", composto em 1959, foi criado em decorrência da mágoa demonstrada por alguns sambistas por não terem sido citados nas homenagens anteriores, tendo inclusive o compositor Mazinho, da Portela, feito um samba resposta a Walter Rosa, cuja letra saiu publicada num jornal da cidade, fazendo com que Walter dissesse em seu samba: "muitos ficaram aborrecidos" e "levaram a cópia do original/Da Confraternização nº 1/ Ao conhecimento de um jornal"; este samba também sofreu uma nova versão com as citações ao samba "Sei lá Mangueira", lançado no Festival da TV-Record de 1968, e a Martinho da Vila que despontava e era bastante admirado por seus colegas nas reuniões realizadas as sextas-feiras, na Associação das Escolas de Samba, na rua Joaquim Palhares, no Estácio/RJ. Na década de 60, quando teve três de seus sambas-enredos campeões na disputa da Portela: 1960, com o enredo "Rio, capital eterna do samba", que tirou nota máxima em todos os quesitos, causando sensação o 1º carro alegórico elaborado pelo carnavalesco Djalma Vogue, que representava "O Morro de Santo Antonio" e a sua demolição, quando o carro chegou em frente ao palanque da comissão julgadora, o morro começou a desarmar para então surgir a cidade como era naquela época, com os edifícios da Central do Brasil, Ministério da Guerra, a Mesbla, A Noite, a Biblioteca Nacional,etc.; em 1961, com "Jóias das Lendas Brasileiras" enredo de Djalma Vogue, e, em 1963, com "Exaltação ao Barão de Mauá", enredo de Nilton, Oreba, Peres E Finfas, o 1º carro alegórico: "O Arsenal" com incêndio em Ponta da Areia, explosão da Caldeira, que deveria acontecer em frente ao jurado Armando Shomoon que julgava o quesito Alegorias e Adereços, foi objeto de um fato inusitado: quando a Alegoria passou em frente à cabine do jurado, Natal gritou: "Acende o pavio! Acende o pavio!, ninguém queria acender até que apareceu um corajoso, foi uma correria geral na escola, até o jurado se mandou da cabine de julgamento. O único sambista que rivalizava em prestígio com Walter Rosa na Portela era Candeia, que tinha a maior admiração pelo parceiro.
Walter era protagonista de algumas das mais interessantes histórias vividas na Portela, dentre elas uma ocorrida durante um bate-boca numa reunião da ala dos compositores da escola, ele definiu a cena assim: "Isso não pode acontecer na Portela. Olhe só o chão salpicado de poetas". Foi um dos fundadores da Acadêmicos do Engenho da Rainha.
Em 1966 participou do show "Fina Flor do Samba", no Teatro Opinião, do Rio De Janeiro, seguindo-se outros shows e atuações na TV. No ano seguinte, sua música "A Timidez me Devora", em parceria com Jorginho Pessanha, foi gravada por Roberto Silva na Copacabana.
Em 1968 fez algumas músicas para a peça "Dr. Getúlio, sua vida e sua Obra" de Ferreira Gullar e Dias Gomes, encenada em Porto Alegre, RGS, no Teatro Leopoldina, sob a direção de José Renato.
Em 1973 faz parte da Diretoria da Portela como Vice-Presidente Social, tendo como companheiros: Velha, no Departamento Musical e Hiram Araujo, no Departamento Cultural, entre outros. Um dos orgulhos do jovem compositor Martinho José Ferreira era ser reconhecido e cumprimentaddo por Walter Rosa diante de tantos bambas, além de ter sido a primeira pessoa a anunciá-lo, em um microfone, na quadra da Portela:"Presente está o compositor Martinho da Boca do Mato". Portador de diabete, que já tinha lhe tirado a visão, comovia um grupo de amigos que resolveram lhe prestar uma homenagem. Assim, Monarco, Paulinho da Viola, Tantinho, Délcio Carvalho, Darci da Mangueira e A Velha Guarda da Portela, comandaram um show beneficente no dia 23 de janeiro de 2002, no Teatro João Caetano, quando foram relebrados grandes músicas do "filósofo", como era chamado por alguns dos amigos. Na manhã seguinte, o compositor veio falecer, encerrando a luta que vinha travando com a diabete.
Um mestre do samba, admirado e respeitado no meio, não tendo em vida o reconhecimento merecido.

3 DE SUAS GRANDES OBRAS:

CONFRATERNIZAÇÃO 1



CONFRATERNIZAÇÃO 2



CONFRATERNIZAÇÃO 3



ABRAÇO A TODOS...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

MORRE MAIS UM GRANDE SAMBISTA



AQUI FICA NOSSAS HOMENAGENS A ESTE GRANDE SAMBISTA!!!




O compositor Luiz Carlos da Vila morreu nesta segunda-feira (20), aos 59 anos, segundo informações da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde. De acordo com o escritório da produtora com que trabalhava, o músico estava internado desde setembro deste ano no Hospital do Andaraí, onde deu entrada para uma cirurgia de hérnia e sofreu complicações.

Familiares do sambista afirmaram que ele chegou a operar um câncer no estômago, mas voltou a ficar internado, não resistindo à doença.






Luiz Carlos da Vila nasceu em Ramos, no subúrbio do Rio, em 1949. De acordo com seu site oficial, o compositor começou a freqüentar o bloco carnavalesco Cacique de Ramos nos anos 70. Na mesma década, ingressou na ala de compositores da escola de samba de Vila Isabel.

Foi na escola que surgiu um de seus sucessos, “Kizomba, festa da raça”, em parceria com Rodolpho de Souza e Jonas Rodrigues. Entre seus seis discos lançados estão "Luiz Carlos da Vila" (1983), "Pra esfriar a cabeça" (1985) e "Raça Brasil" (1995).






Enterro
O velório do compositor será na quadra da Vila Isabel, no Boulevard 28 de Setembro 382, Vila Isabel, Zona Norte, nesta segunda-feira (20), a partir de 15h. O enterro está marcado para terça-feira, às 10h, no Cemitério


de Inhaúma.






BIOGRAFIA:




Carioca nascido no bairro de Ramos, morou na Vila da Penha, de onde tirou o sobrenome artístico, além de ser freqüentador de Vila Isabel. Estudou acordeom e violão, e na década de 70 ia aos ensaios do bloco Cacique de Ramos, onde tocava e apresentava seus sambas. É um dos compositores do samba-enredo "Kizomba - A Festa da Raça", que deu à escola de samba Unidos de Vila Isabel seu primeiro campeonato no carnaval de 1988. Considerado um dos sambistas mais sofisticados em atividade, teve um CD produzido por Martinho da Vila e lançou em 1997 "Uma Festa no Samba". Suas músicas mais conhecidas são "O Sonho Não Acabou", em homenagem a Candeia, "Nas Veias do Brasil", "Herança" e "Além da Razão". Sua admiração por Candeia rendeu em 1998 um disco, "A Luz do Vencedor", pela CPC-Umes, dedicado exclusivamente à obra do compositor.




Fonte: Portal G1; Clic Music.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

NÃO HAVERÁ NOSSO SAMBA NO DIA 26/10/2008!!!

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INFORME A TODOS!!!

DEVIDO AO 2º TURNO DA ELEIÇÃO, NÃO HAVERÁ NOSSO SAMBA NO DIA 26/10/2008!!!

CONVIDAMOS A TODOS PARA A NOSSA PRÓXIMA DATA QUE SERÁ DIA 23/11/2008.



ABRAÇO.



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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Música: Sim (Oswaldo Martins - Cartola)

100 ANOS DE CARTOLA AINDA VIVO EM NOSSA MEMÓRIA...


Cartola (Angenor de Oliveira). Compositor, Cantor, Instrumentista.

Rio de Janeiro RJ 11/10/1908-id. 30/11/1980.Cartola nasceu no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. Tinha oito anos quando sua família se mudou para Laranjeiras e 11 quando passou a viver no morro da Mangueira, de onde não mais se afastaria. Desde menino participou das festas de rua, tocando cavaquinho – que aprendera com o pai – no rancho Arrepiados (de Laranjeiras) e nos desfiles do Dia de Reis, em que suas irmãs saíam em grupos de “pastorinhas”. Passando por diversas escolas, conseguiu terminar o curso primário, mas aos 15 anos, depois da morte da mãe, deixou a família e a escola, iniciando sua vida de boêmio.

Após trabalhar em várias tipografias, empregou-se como pedreiro, e dessa época veio seu apelido, pois usava sempre um chapéu para impedir que o cimento lhe sujasse a cabeça, o qual chamava de cartola. Em 1925, com seu amigo Carlos Cachaça, que seria seu mais constante parceiro, foi um dos fundadores do Bloco dos Arengueiros.

Da ampliação e fusão desse bloco com outros existentes no morro, surgiu, em 1928, a segunda escola de samba carioca. Fundada a 28 de abril de 1928, o G.R.E.S Estação Primeira de Mangueira teve seu nome e as cores verde e rosa escolhidos por ele. Foram também fundadores, entre outros, Saturnino Gonçalves, Marcelino José Claudino, Francisco Ribeiro e Pedro Caymmi.

Para o primeiro desfile foi escolhido o samba Chega de Demanda, o primeiro que fez, composto em 1928 e só gravado pelo compositor em 1974, no LP História das escolas de samba: Mangueira, pela Marcus Pereira.
Em 1931, Cartola tornou-se conhecido fora da Mangueira, quando Mário Reis, que subira o morro para comprar uma música, comprou dele os direitos de gravação do samba Que infeliz sorte, que acabou sendo lançado por Francisco Alves, pois não se adaptava à voz de Mário Reis. Vendeu outros sambas a Francisco Alves, cedendo apenas os direitos sobre a vendagem de discos e conservando a autoria: assim foi com Não faz, amor (com Noel Rosa), Qual foi o mal que eu te fiz? e Divina Dama, todos gravados pela Odeon, os dois primeiros em 1932 e o último em janeiro de 1933.
Ainda em 1932, o samba Tenho um novo amor foi gravado por Carmen Miranda. Do mesmo ano é a gravação do samba Na floresta, em parceria com Sílvio Caldas, lançado por este último, e a primeira composição em parceria com Carlos Cachaça, o samba Pudesse meu ideal, com o qual a Mangueira foi campeã do desfile promovido pelo jornal “O Mundo Esportivo”.
Em 1936, a Mangueira teve premiado no desfile seu samba Não quero mais (com Carlos Cachaça e Zé da Zilda), gravado por Araci de Almeida, na Victor, em 1937, e em 1973 por Paulinho da Viola, na Odeon, com o título mudado para Não quero mais amar a ninguém.
Em 1940, participou, ao lado de Donga, Pixinguinha, João da Baiana e outros, de gravações de música popular brasileira para o maestro Leopoldo Stokowski (1882 – 1976), que visitava o Brasil. Realizadas a bordo do navio Uruguai, ancorado no pier da Praça Mauá, essas gravações deram origem a dois álbuns de quatro discos de 78 rpm, lançados nos EUA pela gravadora Columbia.

No rádio, atuou como cantor, apresentando músicas suas e de outros compositores. Na Rádio Cruzeiro do Sul, ainda em 1940, criou, com Paulo da Portela, o programa A Voz do Morro, no qual apresentavam sambas inéditos, cujos títulos deviam ser dados pelos ouvintes, sendo premiado o nome escolhido.
Em 1941, formou com Paulo da Portela e Heitor dos Prazeres o Conjunto Carioca, que durante um mês realizou apresentações em São Paulo, em um programa da Rádio Cosmos. A partir dessa época, o sambista desapareceu do ambiente musical. Muitos pensavam até que tivesse morrido. Chegou-se a compor sambas em sua homenagem.
Em 1948, a Mangueira sagrou-se campeã com seu samba-enredo Vale do São Francisco (com Carlos Cachaça).Cartola só foi redescoberto em 1956, quando o cronista Sérgio Porto o encontrou lavando carros em uma garagem de Ipanema e trabalhando à noite como vigia de edifícios. Sérgio levou-o para cantar na Rádio Mayrinck Veiga e, logo depois, Jota Efegê arranjou-lhe um emprego no jornal “Diário Carioca”.
A partir de 1961, já vivendo com Eusébia Silva do Nascimento, a Zica, com quem se casou mais tarde, sua casa tornou-se ponto de encontro de sambistas.
Em 1964, resolveu abrir um restaurante, o Zicartola, na Rua da Carioca, que oferecia, além da boa cozinha administrada por Zica, a presença constante de alguns dos melhores representantes do samba de morro. Freqüentado também por jovens compositores da geração pós bossa-nova (alertados para a sua existência desde o show “Opinião”, no qual Nara Leão incluíra o samba O sol nascerá, de Cartola e Elton Medeiros, que mais tarde gravaria), o Zicartola tornou-se moda na época. Durou pouco essa confraternização morro-cidade: o restaurante fechou as portas, reabrindo em 1974 no bairro paulistano de Vila Formosa.
Contínuo do Ministério da Indústria e Comércio, vivendo na casa verde e rosa que construiu no morro da Mangueira, em terreno doado pelo então Estado da Guanabara, somente em 1974, alguns meses antes de completar 66 anos, o compositor gravou seu primeiro LP, Cartola, na etiqueta Marcus Pereira. O disco recebeu vários prêmios. Logo depois, em 1976, veio o segundo LP, também intitulado Cartola, que continha uma de suas mais famosas criações, As rosas não falam, e o seu primeiro show individual, no Teatro da Galeria, no bairro do Catete, acompanhado pelo Conjunto Galo Preto. O show foi um sucesso de público e se estendeu por 4 meses.
Em julho de 1977, a Rede Globo apresentou com enorme sucesso o programa “Brasil Especial” número 19, dedicado exclusivamente a Cartola. Em setembro do mesmo ano, Cartola participou, acompanhado por João Nogueira, do Projeto Pixinguinha, no Rio. O sucesso do espetáculo levou-os a excursionar por São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Ainda em 1977, em outubro, lançou seu terceiro disco-solo: Cartola – Verde que te quero rosa (RCA Victor), com igual sucesso de crítica.

Em 1978, quase aos 70 anos, mudou-se para o bairro de Jacarepaguá, buscando um pouco mais de tranqüilidade, na tentativa de continuar compondo. Neste mesmo ano estreou seu segundo show individual: Acontece, outro sucesso.
Em 1979, lançou seu quarto LP: Cartola – 70 anos. Nesta época, descobriu que estava com câncer, doença que causaria sua morte, em 30 de novembro de 1980.
Em 1983, foi lançado, pela Funarte, o livro Cartola, os tempos idos, de Marília T. Barboza da Silva e Arthur Oliveira Filho.
Em 1984, a Funarte lançou o LP Cartola, entre amigos.
Em 1997, a Editora Globo lançou o CD e o fascículo Cartola, na coleção “MPB Compositores” (n°12).


Fonte: Enciclopédia da Música Popular Brasileira, editada pelo Itaú Cultural.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

SAMBA DO DIA 28/09/2008


Grandes Amigos!!!

Façam sua parte, compareçam a nossa comunidade com o seu kg de alimento não perecível, estamos beneficiando algumas instituições de caridade como:
- Abrigo de idosos Bezerra de Menezes;
http://www.abrigobezmenezes.org.br/
- Casa Filadelfia - Abrigo de crianças portadoras do vírus H.I.V.
http://www.caf.org.br/

Entre outras...


Colabore, ouça um bom samba e seja solidário.


Abraço.




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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

PROJETO SAMBA PRA COMUNIDADE.

A COMUNIDADE DO SAMBA PASSADO DE GLÓRIA SE REUNEM UMA VEZ POR MÊS PARA FAZER MUITO SAMBA E ARRECADAR ALIMENTOS QUE POSSAM BENEFICIAR ASSOCIAÇÕES E INSTITUIÇÕES DE CARIDADE.

"DEVOLVER AO POVO O QUE É DO POVO".

OS GRANDES SAMBISTAS ESQUECIDOS E SEUS SAMBAS QUE SE DEPENDER DA NOSSA COMUNIDADE, "NUNCA SERÃO APAGADOS"...


GRANDE ABRAÇO.